O cansaço de Marcos Martins, piloto do avião que caiu em Santos (SP),
em 13 de agosto de 2014, matando o então candidato do PSB e
ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e outras seis pessoas, foi
um dos fatores contribuintes para o desastre, que teve uma sequência de
falhas humanas, conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo.
O relatório com o resultado das investigações realizadas nos últimos
17 meses pelo Cenipa – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos será apresentado nesta terça-feira, às 13 horas aos
familiares de todos que estavam no voo e, em seguida, às 15h30, para a
imprensa.
Além do uso de “atalho” para acelerar o procedimento de descida na
Base Aérea de Santos, outro problema detectado durante os trabalhos foi a
falta de treinamento do piloto, específico para aquela aeronave, um
Cessna 560 XL, que levou à Aeronáutica, inclusive, a emitir uma
recomendação de segurança à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC),
três meses depois do acidente.
Durante as investigações foi detectado que a relação entre piloto e
copiloto não era boa. Os dois tinham um histórico de atritos e o
copiloto, Geraldo Magela Barbosa, teria pedido para não mais voar com
Martins. O cansaço do piloto foi identificado pelo tom de voz de Martins
no voo. Poucos dias antes do acidente o próprio Martins já havia
relatado, em redes sociais, que estava “cansadaço”.
Todo o perfil psicológico, pessoal e profissional dos dois pilotos
foi levantado pela equipe que investigou as causas que levaram ao
acidente. O quadro psicológico do copiloto foi amplamente analisado. O
Cessna 560 XL saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio, rumo à Base Aérea
de Santos, no Guarujá, em São Paulo.
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