As
pessoas continuam a confiar nos meios de comunicação para se informarem
— e o Brasil é um dos países em que essa confiança é mais forte.
Segundo pesquisa feita pelo Instituto Reuters para o Estudo do
Jornalismo, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, 60% dos
entrevistados no Brasil confiam nas notícias veiculadas pelas empresas
de comunicação — atrás apenas da Finlândia, com 62%. Foram entrevistadas
mais de 70 mil pessoas em 36 países. A confiança também é alta em
Portugal, Polônia e Holanda, mas, na Coreia do Sul, fica em 23%. A média
dos países pesquisados é de 43%.
O “Relatório de Jornalismo Digital 2017” aponta ainda que as redes
sociais vêm sentindo os reflexos negativos da proliferação das chamadas
fake news, ou notícias falsas. Com isso, o Facebook, por exemplo, vem
perdendo espaço em diversos países, inclusive no Brasil. Segundo o
estudo britânico, aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, têm ganho
espaço. O estudo cita o fato de estes permitirem uma comunicação mais
privada e não filtrarem o seu conteúdo através de algoritmos, como faz o
Facebook.
No Brasil, 46% dos entrevistados disseram usar o WhatsApp para acessar e
compartilhar notícias, um aumento de 7 pontos percentuais frente ao ano
anterior. O Facebook é a escolha de 57% dos entrevistados — uma queda
de 12 pontos percentuais em relação a 2016. Em 2014, o WhatsApp foi
comprado pelo Facebook. Já o YouTube, da Google, é fonte de informação
para 36% dos entrevistados, contra 35% um ano antes.
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