O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello
autorizou hoje (30) o senador Aécio Neves (PSDB-MG) a retomar as
atividades parlamentares no Senado Federal. Aécio não comparece à Casa
desde 18 maio, quando foi afastado pelo ministro Edson Fachin, após a
Operação Patmos da Polícia Federal. No texto, Marco Aurélio manteve
decidão anterior de negar o pedido de prisão preventiva do senador.
No
documento, Marco Aurélio, entretanto, proíbe o senador de deixar o país
e de fazer contato com outros investigados ou réus no processo.
“Provejo
o agravo para afastar as medidas consubstanciadas na suspensão do
exercício de funções parlamentares ou de qualquer outra função pública,
na proibição de contatar outro investigado ou réu no processo e na de
ausentar-se do país, devolvendo ao agravante a situação jurídica que lhe
foi proporcionada pelos eleitores no sufrágio universal”, diz a
decisão.
A Procuradoria Geral da República (PGR) havia pedido a prisão de Aécio, que foi negado por Fachin.
Na decisão de hoje, o ministro Marco Aurélio manteve a decisão e
descartou a prisão preventiva do parlamentar. "Julgo prejudicado o
agravo formalizado pelo procurador-geral da República em que veiculado o
pedido de implemento da prisão preventiva do agravante", determina
Marco Aurélio.
Em nota, divulgada por sua assessoria, Aécio Neves diz que recebe a decisão com serenidade.
"Recebo
com absoluta serenidade a decisão do ministro Marco Aurélio, do Supremo
Tribunal Federal, da mesma forma como acatei de forma resignada e
respeitosa a decisão anterior. Sempre acreditei na Justiça do meu país e
seguirei no exercício do mandato que me foi conferido por mais de 7
milhões de mineiros, com a seriedade e a determinação que jamais me
faltaram em 32 anos de vida pública", diz a nota.
O presidente
interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), divulgou nota hoje
elogiando a decisão do ministro Marco Aurélio Mello. Jereissati
classificou a decisão de “justa e equilibrada” e afirmou que ela é
“coerente com a separação e a independência entre os Poderes”.
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