O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta sexta-feira, 30, no Porto
Digital, em Recife, o Programa Nordeste Conectado, que irá interligar,
em alta velocidade, instituições federais de educação e pesquisa à Rede
Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) nas capitais e no interior do
Nordeste. O programa vai possibilitar, também, que instituições de
educação superior e estadual de pesquisa se interliguem à infraestrutura
de internet em alta capacidade. “É um passo muito importante, que
avança de forma célere para que a gente possa ter consagrada a
oportunidade de ampliação e melhoria da educação e da pesquisa na nossa
região”, celebrou o ministro da Educação, Mendonça Filho.
O programa pode atingir, ainda, 12,6 mil escolas públicas e
beneficiar uma população de mais de 16,3 milhões de pessoas,
distribuídas pelos nove estados da região. Com o Nordeste Conectado,
essas instituições terão acesso a uma rede com possibilidade de alcançar
uma velocidade de 100 Gbps.
O ministro destaca que a parceria vai beneficiar 39 campi de
instituições federais. “Em um tempo em que a internet e a tecnologia
contribuem ainda mais com o avanço da ciência, seja por meio de
pesquisas ou trocas de conhecimento, vamos conectar, em alta velocidade,
as principais universidades, institutos, centros de pesquisas e parques
tecnológicos à RNP do Nordeste”. Desses 39 campi, três terão, pela
primeira vez, acesso à internet de alta velocidade com qualidade.
Para implantar a Fase 1 do Nordeste Conectado, prevista para operar a
partir do mês de dezembro, o MEC vai investir R$ 25 milhões em 2017.
Nessa primeira etapa, haverá um aumento da capacidade do backbone (rede
de alto desempenho) da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para 100
Gbps no Nordeste, beneficiando 23 campi de institutos e universidades
federais no interior com velocidade a partir de 1 Gbps, ou seja, 59% do
público-alvo do programa. Com a operação, o backbone da RPN vai passar
por mais de 70 cidades, cuja população gira em torno de 16 milhões de
pessoas. Quando estiver em andamento, no ano de 2018, a previsão é que a
RNP venha a gerar uma economia anual de R$ 3,7 milhões no atendimento a
essas instituições, no custeio de conexões com velocidades limitadas
(de até 100 Mbps) e conexões por satélite no interior (de até 10 Mbps).
O diretor-geral da RNP, Nelson Simões, comemorou a iniciativa. “O
Programa Nordeste Conectado é uma ação extremamente importante para
suportar a ampliação da infraestrutura que atenderá as universidades,
institutos federais, hospitais e a comunidade acadêmica em geral nos
próximos 20 anos”, disse. “Essa parceria permitirá alcançar o interior
do Nordeste em alta velocidade, interligando as principais instituições
de conhecimento”.
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