O piloto da aeronave que foi
interceptada com 500 kg de cocaína disse à Polícia Federal (PF) que
decolou da Bolívia, e não de fazenda no Mato Grosso ligada ao ministro
da Agricultura Blairo Maggi. Segundo o delegado responsável pelo caso,
Bruno Gama, o piloto, chamado Apoena Índio do Brasil, afirmou que criou
um plano de voo falso à Força Aérea Brasileira (FAB). O motivo para
adulterar a trajetória às autoridades era para o caso de ser abordado,
como ocorreu no último domingo. As informações são da TV Anhanguera
afiliada da Rede Globo.
Segundo o delegado, Índio do Brasil e o
copiloto Fabiano Júnior da Silva disseram que, na verdade, saíram da
Bolívia com destino a Jussara, no noroeste de Goiás, sem passar pela
propriedade de Mato Grosso.
Em entrevista à emissora, o delegado
afirmou que o piloto informou que repassou um plano de voo como se
tivesse saído de uma fazenda no Mato Grosso, e que fosse a outra
fazenda, mas, na verdade, como ele mesmo alegou, seria um plano de voo
falso.
— Ele não saiu daquela fazenda — disse o
delegado, em referência à fazenda Itamarati Norte, no Mato Grosso,
arrendada para a empresa Amaggi, da família do ministro da Agricultura,
Blairo Maggi.
A FAB ainda não se pronunciou sobre o caso — em seu site continua afirmando que a aeronave saiu do Mato Grosso.
Por meio de seu perfil em uma rede
social, o ministro Blairo Maggi postou que está acompanhando as
investigações da FAB e que a fazenda arrendada por sua empresa “é
extensa e enfrenta como o MT a ação vulnerável do tráfico de drogas” e
que ele sempre defendeu a necessidade de “união das forças de segurança
no combate ao tráfico”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário