O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje (30) que a
"paciência estratégica" com a Coreia do Norte acabou e destacou a
necessidade de uma "resposta decidida ao brutal regime norte-coreano",
sem esclarecer o tipo de sanções a Pyongyang. A informação é da agência
EFE.
"Estamos trabalhando de perto com a Coreia do Sul e o Japão
em uma série de medidas diplomáticas, de segurança e econômicas para
proteger nossos aliados e cidadãos dessa ameaça chamada Coreia do
Norte", disse Trump à imprensa, após se reunir com o presidente
sul-coreano, Moon Jae-in, na Casa Branca.
"Os Estados Unidos
conclamam outros poderes regionais para se unir a nós na implementação
das sanções (já existentes) e para exigir que a Coreia do Norte escolha
um caminho diferente e faça isso rapidamente", disse Trump.
Ele
insistiu que o "temerário e brutal regime" norte-coreano e seus
programas nucleares e balísticos "merecem uma resposta decidida".
Esse
regime "não tem consideração pela segurança do seu povo e de seus
moradores e não tem respeito pela vida humana", disse Trump, ao tachar
de "aberração" a morte de Otto Warmbier, um jovem americano libertado
este mês pela Coreia do Norte em estado de coma, após 17 meses detido no
país, e que morreu seis dias depois.
"A era de paciência
estratégica com o regime norte-coreano se esgotou", disse Trump,
repetindo uma frase que já expressou várias vezes. "O nosso objetivo é a
paz, estabilidade e prosperidade para a região, mas os Estados Unidos
sempre se defenderão", alertou.
Por sua vez, Moon, um líder
progressista que chegou ao poder em maio mostrando uma vontade de
aproximação com o vizinho do norte, se mostrou firme com Pyongyang, ao
considerar que a "ameaça nuclear e balística notre coreana é o maior
desafio" para a Coreia do Sul e os EUA.
"As ameaças e provocações
do Norte darão de frente com uma severa resposta" de Seul e Washington,
advertiu Moon. Ele disse que acordou com Trump converter esse tema em
uma "alta prioridade" e "coordenar de perto" suas respectivas respostas,
mediante uma combinação de "sanções e diálogo em uma estratégia com
várias fases".
"A Coreia do Norte não deveria, em nenhum momento,
subestimar o firme compromisso da Coreia do Sul e dos Estados Unidos
com isto", sublinhou. Moon também pediu a Pyongyang que "volte à mesa
negociadora para a desnuclearização da península coreana", algo que
deveria ser feito "sem concessões".
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