O secretário de Planejamento do Estado,
Gustavo Nogueira, revelou nesta sexta-feira em coletiva de imprensa que a
tendência de desequilíbrio nas contas estaduais gerada pelo déficit na
previdência deve tornar habitual que o pagamento dos salários dos
servidores ingresse no terceiro mês, a exemplo do que acontece com
agosto, cuja folha terminará de ser quitada em 5 de outubro.
O déficit na previdência do RN é causado
pelo aumento de aposentadoria, o que faz com que servidores ativos
migrem para a faixa de inativos, deixando assim, de colaborar com a
previdência. Nesse cenário o Governo é obrigado a repor as diferenças
para quem está aposentado possa receber seus vencimentos.
Aos repórteres, ele demonstrou com
gráficos e números como a receita caiu (quase 2,5%) de 2014 para cá,
enquanto as despesas com a folha cresceram exponencialmente até o
patamar atual, que é de quase 70% das receitas estaduais.
Desse valor, quase 30% se refere apenas
ao deficit da previdência. “Não estaríamos aqui discutindo esse atraso
se não fosse esse crescimento do déficit”, destacou o secretário.
Em 2015, o déficit, comprometia quase
13% das receitas, número que foi a 18% em 2016 e vai chegar a quase 30%
neste ano. “Isso é insustentável. A reforma da previdência tem que ser
enfrentada”, destacou o secretário.
Por outro lado, esse sublinhou que as
despesas de custeio e investimentos permanecem, cada uma, com valores
médios mensais fixados entre R$ 38 e R$ 45 milhões. “Esses valores estão
contidos e isso é ruim. O ideal é que eles estivessem evoluindo como
resultado de natural crescimento”, afirmou.
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