A economia brasileira tem apresentado
sinais de recuperação, tanto na produção quanto no mercado de trabalho.
No entanto, o índice do medo de desemprego subiu para 67,7 pontos, em
setembro, o segundo mais elevado da série histórica, iniciada em 1996. O
indicador, divulgado nesta sexta-feira (6), pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI), apresentou alta de 1,6 ponto em relação à medição de
julho e está acima da média histórica de 49,0 pontos.
O índice mostra a percepção do brasileiro e suas perspectivas em
relação ao emprego. “Se uma pessoa tem receio de que ela ou alguém
próximo venha a perder o emprego, isso reflete na alta do indicador”,
explica Maria Carolina Marques, economista da CNI. Segundo ela, fatores
como a instabilidade política e incertezas sobre a retomada do
crescimento influenciam a piora no indicador. “As notícias positivas da
economia vêm acompanhadas por notícias negativas e há, ainda, 12 milhões
de desempregados”, observa.
SATISFAÇÃO COM A VIDA – O índice de satisfação com a
vida permaneceu praticamente estável, em relação a julho: subiu de 65,9
pontos para 66,0 pontos. O patamar foi mantido por influência da região
Sudeste, onde o indicador subiu 1,3 ponto, no comparativo. Na
contramão, houve forte queda no Norte-Centro-Oeste, de 2,6 pontos. Na
região Nordeste, o índice caiu 0,1 ponto e, no Sul, 0,7 ponto.
Esta edição da pesquisa realizou 2.000 entrevistas em 126 municípios, entre 15 e 20 de setembro de 2017.
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