Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas alcançou 58,4% em
setembro de 2017, uma alta de 0,4 ponto percentual na comparação com o
mês de agosto. A proporção daquelas famílias inadimplentes, ou seja, com
dívidas ou contas em atraso, também cresceu em setembro de 2017.
Na
comparação mensal passou de 24,6% para 25% das famílias, o maior
patamar desde maio de 2010, como explica a economista da CNC, Marianne
Hanson. “Aumentou o percentual de famílias endividadas. Aumentou também o
percentual de famílias que tem dívidas ou contas em atraso. E aumentou o
percentual de famílias que disseram que não tinham condições de pagar
estas contas e dívidas que estão em atraso e que, portanto, ficariam
inadimplentes. Aumentou para 10,3%. Então este é o maior patamar da
série histórica da nossa pesquisa iniciada em janeiro de 2010.”
Segundo
ela, a alta taxa de desemprego ajuda a explicar a maior dificuldade das
famílias em pagar suas contas em dia e o maior pessimismo em relação à
capacidade de pagamento. Marianne Hanson enfatiza também que é apenas
com o planejamento dos gastos que o consumidor vai conseguir se livrar
da inadimplência.
“A gente sempre recomenda que, especialmente em
tempos difíceis como este, em que a taxa de desemprego continua elevada,
os reajustes salariais vem sendo pequenos, a necessidade de ter um
planejamento financeiro eficiente aumenta.”
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