Representantes das centrais sindicais reuniram-se hoje (7) com o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para pedir que a
reforma da Previdência não seja votada este ano. A previsão é que a
matéria comece a ser discutida no dia 19.
As centrais pedem que a
questão seja bem discutida com a sociedade nas eleições e que fique a
cargo do próximo governo. A reunião ocorreu na residência oficial de
Maia em Brasília.
"Na medida em que [a reforma] tiver uma
derrota acachapante na Câmara, com certeza as bolsas vão cair, o dólar
vai subir, será muito ruim para a economia. É bom para o Brasil que a
discussão seja feita nas próximas eleições", defendeu o deputado federal
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (SD-SP).
"Não
há possibilidade nenhuma de esse assunto que a maioria da sociedade
ainda não compreendeu direito e quem compreendeu sabe que será
prejudicial se for votado. É preciso retirar da pauta e fazer um amplo
debate com a sociedade", disse a vice-presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Carmen Helena Ferreira Foro.
Participaram da reunião além da Força Sindical e da CUT,
representantes da Nova Central Sindical de Trabalhadores, União Geral
dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). De
acordo com os participantes, Maia reforçou o que já havia dito à
imprensa, que colocará a reforma para votação caso haja votos
suficientes para a aprovação.
Na segunda-feira (5), o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun,
disse que o governo precisa de cerca de mais 40 votos para aprovar a
reforma da Previdência na Câmara dos Deputados e que conseguirá alcançar
o total necessário – 308 votos – até o dia da votação, em fevereiro.
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