Para aumentar a confiança da sociedade na segurança das urnas
eletrônicas, a Justiça Eleitoral deve permitir uma nova auditoria nas
máquinas, além das que já existem. A ideia é auditar as urnas antes do
início da votação, no mesmo dia do pleito.
Representantes de
partidos políticos e de integrantes da sociedade civil – que questionam a
segurança das urnas – vão escolher zonas eleitorais para, no dia da
votação, verificar se as urnas estão íntegras e se não foram violadas.
O
secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superio Eleitoral
(TSE), Giuseppe Janino, ressaltou que a medida vai aumentar a
transparência do processo. “Vai ser possível agora, algumas horas antes
da eleição, abrir a urna e verificar se os dígitos verificadores estão
iguais aos que publicamos na internet. É uma forma de o cidadão normal
verificar todos os programas que estão inseridos na urna”, explicou.
Segundo
o responsável pela tecnologia da informação do tribunal, a própria
urnaurna já verifica sozinha se as informações estão íntegras e, caso
não estejam, ela deixa de funcionar automaticamente. A diferença é que
agora membros da sociedade e dos partidos poderão verificar pessoalmente
a inviolabilidade das urnas. A ideia é que se faça uma verificação por
amostragem.
O presidente do TSE, ministro Luiz Fux, informou,
nesta quinta-feira, que até o dia 5 de março o tribunal vai publicar a
resolução para regulamentar a nova auditoria. O objetivo é reduzir a
resistência de grupos críticos ao sistema de votação brasileiro.
Até
a última eleição, o TSE realiza uma auditoria paralela, também por
amostragem, com simulação do voto para verificar se os candidatos
inscritos estão corretos. Nesta auditoria, a urna não é usada para
votação e a verificação ocorre fora das seções eleitorais.
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