O dono da fabricante de refrigerantes Dolly, Laerte Codonho, foi
preso na última quinta-feira, 10, pela polícia por suspeita de fraude
fiscal continuada, sonegação, lavagem de dinheiro e formação de
organização criminosa. Investigadores estimam que as fraudes praticadas
pelo empresário tenham gerado um prejuízo de R$ 4 bilhões ao longo de 20
anos. Codonho, conhecido por criticar abertamente a líder de mercado do
País e por outras polêmicas, aproveitou o momento para mostrar às
câmeras um cartaz “Preso pela Coca-Cola” ao ser conduzido à delegacia.
O Ministério Público, que conduz a investigação por meio do Grupo
Especial de Delitos Econômicos (Gedec), informou que foram
confiscados três helicópteros, 13 automóveis de luxo e cerca de R$ 30
mil em moeda estrangeira, além de documentos que poderão ser usados na
investigação.
O MP informou que a 4.ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, no
ABC Paulista, autorizou as medidas de busca e apreensão, sequestro de
bens, quebra dos sigilos fiscal e bancário e as prisões temporárias. A
procuradoria disse investigar crimes como emissão de notas irregulares e
uso de distribuidoras criadas em nome de laranjas, com o intuito de
gerar créditos indevidos de impostos.
Este não é o primeiro problema do empresário com a Justiça. Em 2017, o
grupo Ragi Refrigerantes, dono da Dolly, foi alvo da Operação Clone, da
Secretaria da Fazenda de São Paulo, por fraudes relacionadas ao
pagamento de ICMS. Em fevereiro deste ano, Codonho foi condenado a 6
anos e 7 meses de prisão, pela Justiça de São Paulo, por sonegação de
benefícios previdenciários.
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