Preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) desde 7
de abril, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou carta à
presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), sinalizando
que pretende manter a candidatura à Presidência da República na eleição
de outubro.
“Sou candidato até que a verdade apareça e que a mídia, juízes e
procuradores mostrem o crime que cometi ou parem de mentir”, diz Lula na
carta.
Em seguida, o ex-presidente afirma: “Quem quer que eu não seja
candidato eu sei, inclusive, as razões políticas, pois são concorrentes.
Outros acham que fui condenado em segunda instância, então sou culpado e
estou no limbo da Lei da Ficha Suja”.
Na carta, Lula reitera que é inocente e que admitir um plano B para o
PT seria assumir um “crime” que não cometeu. Ele se refere à ação que o
condenou a 12 anos e um mês de reclusão por corrupção e lavagem de
dinheiro.
A Justiça entendeu que o ex-presidente foi beneficiado com o repasse
de R$ 3,7 milhões em propina – parte paga por meio do triplex no Guarujá
(SP) - em troca de conceder vantagens à empreiteira OAS em contratos
com a Petrobras.
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