O processo de decodificação das informações que chegam ao cérebro é
extenso. Essa transmissão de mensagens que se inicia na córnea e depois
atravessa o globo ocular até chegar ao nervo óptico, pode sofrer danos.
Por conta dessa lesão que pode evoluir devagar, denominada de
glaucoma ou neuropatia óptica – patologia do nervo óptico associado à
perda da função visual – a doença tem grande probabilidade de causar cegueira. “O
glaucoma é silencioso na grande maioria dos seus tipos, e o diagnóstico
nas fases iniciais é essencial para um tratamento adequado’’ explica Márcio Florêncio, oftalmologista do Hapvida Saúde.
Dor ocular intensa, baixa visão, vermelhidão ocular, náuseas e enxaqueca são alguns dos sintomas que requerem atenção. “O histórico familiar também influencia na causa do glaucoma e, se o diagnóstico desses sintomas for tardio, pode consistir em perda de campo de visão e turvação visual’’, alerta o médico.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que, em 2020, 80 milhões
de pessoas terão glaucoma no mundo. No Brasil já existem mais de 1,2
milhões de pessoas cegas, sendo até 80% dos casos de cegueira evitados
ou tratados.
Essa estimativa foi divulgada em 2017 e envolve também centros de pesquisa internacionais.
“O
portador da doença pode ter uma acuidade visual normal por toda vida se
realizar o tratamento e acompanhamento médico adequado. Essa é uma
doença que na grande maioria dos casos não tem cura, mas é possível ter controle e estabilidade’’, revela o especialista Márcio Florêncio.
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