O veículo explorador Curiosity, da Nasa, encontrou novas evidências
que sugerem que Marte pode ter tido vida no passado ou ainda a
possibilidade de vida atual na atmosfera do planeta. O anúncio foi feito
hoje (7) pela agência espacial norte-americana.
O veículo da Nasa detectou moléculas orgânicas duras em rochas
sedimentares de 3 bilhões de anos perto da superfície, assim como
variações sazonais nos níveis de metano na atmosfera.
Moléculas orgânicas contém carbono e hidrogênio, e podem também
incluir oxigênio, nitrogênio e outros elementos. Elas são comumente
associadas com a presença de vida, mas podem também ser criadas por
processos não biológicos.
No segundo estudo, os cientistas da Nasa descobriram variações
sazonais do nível de metano na atmosfera de Marte ao longo de três anos
do planeta, que são quase seis anos na contagem da Terra. O metano pode
ter origem biológica.
Sinal positivo
Ainda que não seja possível determinar que houve vida em Marte, as
descobertas são um sinal positivo para futuras missões de exploração da
superfície do planeta. “Com essas novas descobertas, Marte está nos
dizendo para ficar neste caminho e continuar procurando por evidências
de vida”, disse Thomas Zurbuchen, administrator associado da sede da
Nasa em Washington.
“O Curiosity não determinou a fonte das moléculas orgânicas”, disse a
autora do estudo, Jen Eigenbrode. “Se ela tem registro de vida no
passado, foi alimento para vida, ou existiu na ausência de vida, a
matéria orgânica nos materiais de Marte dão dicas químicas sobre as
condições e os processos planetários”, afirmou ela.
Segundo os pesquisadores, ainda que a superfície de Marte não seja
apropriada para vida hoje, há evidências claras de que em um passado
distante o clima permitiu a existência de água, fundamental para a vida
como conhecemos.
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