A crise econômica e o momento político complicado do país aos poucos vão
dando lugar à euforia nas ruas, com a aproximação da Copa do Mundo, que
começa na próxima quinta-feira (14), com o jogo Rússia x Arábia
Saudita. No Saara, comércio popular no centro do Rio, decorado com
bandeiras do Brasil, para onde se olha, as lojas exibem as cores verde e
amarelo nas vitrines e nos balaios do lado de fora, lembrando - mesmo
aos mais desavisados - a aproximação da competição mais importante do
futebol mundial.
Embora as vendas ainda estejam engatinhando, os comerciantes esperam
que tudo se acelere nos próximos dias, assim que a seleção brasileira
entrar em campo, podendo melhorar ainda mais, de acordo com os
resultados. Os estoques de cornetas, camisetas, bandeiras de todos os
tamanhos, óculos e demais apetrechos estão abarrotados, na esperança de
uma grande participação do Brasil, que vá até a final, dia 15 de julho,
em Moscou.
“A Copa é boa para levantar o astral. Se o Brasil ganhar, tudo vai
melhorar no país. E o comércio é o termômetro disso”, declarou o
comerciante chinês Chong Long, em um português quase perfeito.
Perguntado para quem ia torcer na Copa, Chong nem pensou: “Sou 100%
Brasil”. No país há 25 anos, ele é proprietário de uma loja de artigos
importados diversos, mas que nesta época é praticamente tomada por
artigos da Copa. São desde camisetas amarelas à R$ 15 no varejo e R$ 12
no atacado, até bandeirões gigantes, a R$ 50. Mas se o dinheiro for
curto, dá para comprar uma cornetinha por R$ 2.
Enquanto Chong trabalha nos fundos da loja, o vendedor Fábio Gomes
fica na frente, para atender os clientes que entram em busca de algum
artigo. Ele reconhece que as vendas ainda estão devagar, mas espera que
melhorem nos próximos dias. Bom entendedor de futebol, fala com
desenvoltura da seleção de Tite e acredita que, desta vez, o time vai
chegar à final.
“As pessoas vão se animando, conforme o rendimento do Brasil. O
comerciante faz um grande investimento em produtos, mas se o time não
ganha, fica tudo encalhado. Estamos aproveitando para vender muita coisa
da Copa passada, que estava guardada no estoque”, disse Fábio.
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