sexta-feira, junho 08, 2018

Copa começa a encantar os cariocas no comércio e nas ruas

A crise econômica e o momento político complicado do país aos poucos vão dando lugar à euforia nas ruas, com a aproximação da Copa do Mundo, que começa na próxima quinta-feira (14), com o jogo Rússia x Arábia Saudita. No Saara, comércio popular no centro do Rio, decorado com bandeiras do Brasil, para onde se olha, as lojas exibem as cores verde e amarelo nas vitrines e nos balaios do lado de fora, lembrando - mesmo aos mais desavisados - a aproximação da competição mais importante do futebol mundial.

Embora as vendas ainda estejam engatinhando, os comerciantes esperam que tudo se acelere nos próximos dias, assim que a seleção brasileira entrar em campo, podendo melhorar ainda mais, de acordo com os resultados. Os estoques de cornetas, camisetas, bandeiras de todos os tamanhos, óculos e demais apetrechos estão abarrotados, na esperança de uma grande participação do Brasil, que vá até a final, dia 15 de julho, em Moscou.

“A Copa é boa para levantar o astral. Se o Brasil ganhar, tudo vai melhorar no país. E o comércio é o termômetro disso”, declarou o comerciante chinês Chong Long, em um português quase perfeito. Perguntado para quem ia torcer na Copa, Chong nem pensou: “Sou 100% Brasil”. No país há 25 anos, ele é proprietário de uma loja de artigos importados diversos, mas que nesta época é praticamente tomada por artigos da Copa. São desde camisetas amarelas à R$ 15 no varejo e R$ 12 no atacado, até bandeirões gigantes, a R$ 50. Mas se o dinheiro for curto, dá para comprar uma cornetinha por R$ 2.

Enquanto Chong trabalha nos fundos da loja, o vendedor Fábio Gomes fica na frente, para atender os clientes que entram em busca de algum artigo. Ele reconhece que as vendas ainda estão devagar, mas espera que melhorem nos próximos dias. Bom entendedor de futebol, fala com desenvoltura da seleção de Tite e acredita que, desta vez, o time vai chegar à final.

“As pessoas vão se animando, conforme o rendimento do Brasil. O comerciante faz um grande investimento em produtos, mas se o time não ganha, fica tudo encalhado. Estamos aproveitando para vender muita coisa da Copa passada, que estava guardada no estoque”, disse Fábio.

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