Após a disseminação de informações falsas de que teria ligado para
Adelio Bispo de Oliveira, o agressor de Jair Bolsonaro (PSL), no dia em
que o presidenciável sofreu um atentado, a candidata a vice-presidente
na chapa de Fernando Haddad (PT), Manuela d’Ávila (PCdoB), foi alvo de
ameaça via redes sociais nesta semana. A defesa entrou nesta
segunda-feira, 24, com representação no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) pedindo reforço na segurança da candidata e solicitando a apuração
dos fatos.
Dezenas de publicações em redes sociais como Facebook, Instagram e
Twitter afirmam que a Polícia Federal teria quebrado o sigilo telefônico
de Adélio e que a candidata do PCdoB teria ligado várias vezes para
monitorar o agressor. As mensagens dizem, ainda, que Manuela e o PT
teriam planejado o ataque a faca contra o candidato do PSL.
“Tornou-se viral a imputação de conduta delituosa à Manuela d’Ávila,
motivo pelo qual a Coligação e a própria candidata agora temem pelo que
pode ocorrer em seus próximos atos de campanha”, diz a nota da defesa.
“Esta cólera generalizada, que se alimenta de informações inverídicas
como a relatada, é terreno fértil para os ditos ‘justiceiros’ que
pretendem vingar seu ‘mártir’ fazendo justiça com as próprias mãos”.
A mensagem recebida por Manuela em uma rede social, escrita por um
homem identificado como Guilherme Messias Bolsonaro, ameaça a
integridade da candidata. “Vacilona, foi você quem mandou o Adélio
esfaquear o Bolsonaro! Planejou tudo e com detalhes. Já te vi você (sic)
uma vez perto da PUC aqui em Campinas, e ignorei, mas dessa vez vai ser
diferente. Se prepare D’Ávila”, escreveu o usuário. O pedido está sob
relatoria do ministro Og Fernandes e não há prazo para que haja
manifestação a respeito dele.
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