A atividade industrial de agosto chegou a 69% da utilização da
capacidade instalada, 1 ponto percentual a mais que em julho, o que
indica um movimento de queda na ociosidade na indústria, segundo a
Confederação Nacional da Indústria (CNI). É o maior valor para o mês
registrado desde 2015. As informações são da pesquisa Sondagem
Industrial, divulgada hoje (24) pela CNI.
A pesquisa indica ainda crescimento da produção industrial em agosto.
O índice de evolução da produção ficou em 54,1 pontos, acima da linha
divisória de 50 pontos, mostrando aumento da produção. O índice das
grandes empresas alcançou 55,4 pontos, acima do total da indústria. O
indicador de produção varia de zero a 100 pontos. Quando está acima de
50 pontos, mostra aumento da produção.
Apesar da queda na ociosidade, a recuperação da indústria segue em
marcha lenta, com percentual ainda abaixo da média do mês para o período
entre 2011 e 2014. De acordo com a CNI, esse aumento na atividade é
comum nesse período de final de ano, mas ele foi menos forte que em
outros anos.
O emprego no setor continua caindo, embora a queda tenha sido mais
suave do que no mês anterior. O índice de evolução do número de
empregados aumentou de 48,5 para 49,1 pontos em agosto, ficando abaixo
da linha de 50 pontos, que separa a queda do aumento do emprego. A
pesquisa aponta, entretanto, uma expectativa de estabilidade para o
emprego nos próximos seis meses.
A Sondagem Industrial também mostrou um acúmulo indesejado nos
estoques, que ficaram acima do planejado em agosto. É o segundo mês de
aumento consecutivo do estoque indesejado em um período de atividade que
deveria ser normalmente um pouco mais forte. O índice de nível de
estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 51,2 pontos, acumulando
0,8 ponto de crescimento nos últimos dois meses.
A pesquisa também mostra que houve uma redução do otimismo em relação
à demanda, às vendas ao exterior e à compra de matérias-primas. De
acordo com a CNI, isso está relacionado com a frustração da demanda, que
pode ser percebida pelo acúmulo indesejado nos estoques, e com o
aumento da incerteza.
Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 3 e 13 de setembro
com 2.240 empresas. Dessas, 921 são pequenas, 812 são médias e 507 são
de grande porte. A pesquisa completa está disponível na página da CNI.
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