Uma das administradoras do grupo de Facebook Mulheres Unidas Contra
Bolsonaro foi agredida na noite de ontem segunda-feira, 24, quando chegava
em casa, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio, por dois homens
ainda não identificados. O grupo, que já reúne cerca de 3 milhões de
usuárias, foi hackeado e derrubado diversas vezes por homens que se
identificaram como partidários do candidato do PSL à Presidência nas
eleições 2018, Jair Bolsonaro, desde que foi criado, há aproximadamente
um mês. Várias mulheres do grupo foram agredidas verbalmente e receberam
ameaças via internet.
Identificada apenas como Maria por razões de segurança, a
administradora do grupo conta que, quando chegou em casa, dois homens a
aguardavam praticamente na porta. Um deles acertou um soco em seu olho
e, o segundo, uma coronhada em sua cabeça. Um deles pegou seu celular e
os dois correram até um táxi, que os esperava a cerca de um quarteirão
de distância. A bolsa e outros pertences não foram levados.
Ela foi atendida no Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do
Governador. Maria fez o registro de ocorrência na 37ª Delegacia de
Polícia e um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal.
Maria trabalha como coordenadora da campanha de um candidato a
deputado estadual pelo PSOL. Ela conta que já foi xingada e ameaçada
pela internet, mas que não tem como afirmar quem eram os agressores.
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