Pela primeira vez desde 2007, nem Lionel Messi e nem Cristiano
Ronaldo foi eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa. O responsável
por interromper a longa hegemonia da dupla e faturar o prêmio da
temporada 2017/2018 foi o croata Luka Modric, que recebeu a honraria na
festa The Best da entidade realizada nesta segunda-feira, em Londres.
Modric deixou para trás os outros dois finalistas, o próprio Ronaldo e
o egípcio Mohamed Salah, para ficar com o troféu pela primeira vez na
carreira. Aos 33 anos, aliás, esta era a primeira vez que o croata
aparecia entre os três melhores do mundo.
“É uma grande honra, um sentimento lindo estar aqui com este troféu.
Antes de mais nada, quero dar o parabéns ao Cristiano e ao Salah pela
grande temporada. E tenho certeza que eles terão a chance de lutar
novamente pelo prêmio em breve. Este troféu não é só meu, é dos meus
companheiros no Real, colegas na Croácia e meus técnicos. Muito obrigado
a todos”, declarou o meia.
De fato, Modric teve uma temporada marcante em 2017/2018. O croata
foi fundamental na campanha de mais um título da Liga dos Campeões pelo
Real Madrid, seu quarto pelo clube, mas, principalmente, levou seu país a
uma campanha histórica na Copa do Mundo da Rússia. Afinal, a Croácia
surpreendeu, chegou à final pela primeira vez e só não foi campeã porque
perdeu a final para a França.
Tal desempenho na temporada já havia dado a Modric dois prêmios
individuais bastante importantes. Ele foi eleito o melhor jogador da
Copa da Rússia, apesar da derrota na final, e também foi escolhido o
principal atleta da Uefa em 2017/2018, deixando para trás justamente
Ronaldo e Salah.
Atual bicampeão da premiação e dono de cinco troféus no total,
Ronaldo viu pesar contra si a fraca campanha de Portugal na Copa do
Mundo. Se foi um dos destaques do título europeu do Real Madrid, o astro
teve bom desempenho na Rússia apenas nas duas primeiras partidas e não
impediu a eliminação precoce nas oitavas de final para o Uruguai.
Situação semelhante à de Salah. Após ser o grande destaque no futebol
inglês em 2017/2018 e quebrar o recorde de gols em uma temporada do
Campeonato Nacional, o egípcio caiu na decisão da Liga dos Campeões com o
Liverpool, justamente para o Real, e, prejudicado por uma lesão no
ombro, foi apenas discreto na queda de seu país ainda na primeira fase
da Copa.
Esta também foi a primeira vez em 11 anos que Messi ficou fora até do
pódio, apesar de ter sido o maior artilheiro da Europa na temporada
2017/2018 e de ter levado mais um título do Campeonato Espanhol. Ele
vinha ocupando o palco desde 2007 e, como Ronaldo, também ganhou o
troféu em cinco ocasiões.
Antes de Modric, o último nome que não Ronaldo ou Messi a ganhar o
prêmio foi o agora aposentado Kaká, ainda em 2007. De lá para cá, Neymar
ficou na terceira posição da eleição em duas oportunidades – 2015 e
2017 – e foi o brasileiro que mais se aproximou de ganhar com o prêmio.
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