Uma sala de aula da área de comunicação da Fundação Armando Álvares
Penteado (Faap) sofreu um ataque de vandalismo ao ter frases de apoio a
ditadura, homofóbicas e de teor machista escritas em suas paredes e
louças. No local estava exposta, por exemplo, uma bandeira com as cores
do arco-íris, símbolo do movimento LGBTI (Lésbicas, Gay, Bissexuais,
Transgênero e Intersexuais), com os dizeres “love is love” (amor é
amor), em uma tradução livre. Sobre o objeto foi escrito “tapa na cara
das puta” e “falta de surra”.
Em uma lousa foi grafado “intervenção já, Ustra herói brasileiro”, em
referência a Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-militar reconhecido
pelo Tribunal de Justiça de São Paulo como responsável por torturas
praticadas no período da ditadura militar no Brasil. Também foi escrito
“higienização já, esquerda fede”.
Foram encontradas ainda as inscrições “17 neles” e “ele sim”, em
oposição ao movimento “#ele não”, mobilização contrária ao candidato
Jair Bolsonaro e que ganhou repercussão nas redes sociais.
Em nota, a Faap disse que repudia todo tipo de desrespeito, violência
e discriminação. “O fato ocorrido se restringe a uma divergência entre
os alunos, que são capazes e estimulados a debater entre eles. Em
relação à violação do espaço da sala de aula, já foram tomadas as
providências cabíveis para garantir a manutenção desse ambiente que
estimula a criatividade, a autonomia e a livre expressão de seus
alunos”.
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