Carentes de políticas públicas que reduzam vulnerabilidades, os
jovens de países em desenvolvimento enfrentam dificuldades em concluir a
escola e conseguir o primeiro emprego. De cada dez jovens de 15 a 24
anos em países emergentes, dois não estudam nem trabalham, segundo
levantamento divulgado nesta semana pelo Fundo Monetário Internacional
(FMI).
A proporção é o dobro da observada em economias avançadas, onde 10%
da população nessa faixa de idade estão na mesma condição. Segundo o
FMI, a ausência dos jovens das escolas e do mercado de trabalho tem um
efeito perverso no médio e no longo prazo, ao aumentar os conflitos
sociais e reduzir o potencial de crescimento da economia.
De acordo com o relatório, a alta proporção de jovens sem estudar e
trabalhar tem um efeito ainda mais perverso nos países em
desenvolvimento. Isso porque as economias emergentes dependem da entrada
de jovens no mercado de trabalho para acelerarem o crescimento. A
proporção de pessoas de 18 a 24 anos nos países em desenvolvimento chega
a um terço da população em idade ativa (que pode trabalhar), contra 15%
nos países desenvolvidos.
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