A barragem da Vale, rompida
no início da tarde de hoje (25) em Brumadinho, região metropolitana de
Belo Horizonte, estava classificada como de baixo risco de acidentes e
alto potencial de danos. A informação consta do Relatório de Segurança de Barragens,
elaborado pela Agência Nacional de Águas (ANA), a partir de informações
prestadas por órgãos fiscalizadores ligados àa temática.
A última edição do relatório foi lançada em novembro do ano passado,
com informações relativas a 2017. Em nota encaminhada nesta tarde, a
agência reguladora reafirmou que, para elaborar o documento, encaminhou
formulário para os órgãos fiscalizadores, que declararam as informações
sobre as barragens sob sua responsabilidade.
"Neste questionário, a ANA perguntou quais barragens estariam em
situação crítica e a barragem rompida nesta sexta-feira não foi apontada
como crítica pela Agência Nacional de Mineração (ANM), responsável
pelas informações das barragens de rejeito de minério", disse a agência,
por meio de nota. A agência disse ainda que, para informações sobre a
barragem de rejeito de minério da Vale, a ANM deve ser consultada.
Mais cedo, a ANA informou que está monitorando a onda de rejeitos da barragem, pois havia a preocupação de que esse material atingisse a Usina Hidrelétrica Retiro Baixo, mas que a barragem da usina, localizada a 220 quilômetro do local do rompimento, possibilitará amortecimento da onda de rejeito. "Estima-se que essa onda atingirá a usina em cerca de dois dias", diz a nota.
Mais cedo, a ANA informou que está monitorando a onda de rejeitos da barragem, pois havia a preocupação de que esse material atingisse a Usina Hidrelétrica Retiro Baixo, mas que a barragem da usina, localizada a 220 quilômetro do local do rompimento, possibilitará amortecimento da onda de rejeito. "Estima-se que essa onda atingirá a usina em cerca de dois dias", diz a nota.
A agência destacou que se solidariza com os afetados pelo rompimento
da barragem do Córrego do Feijão e informou que está coordenando ações
para manutenção do abastecimento de água e sua qualidade para as cidades
que captam água ao longo do Rio Paraopeba. "Estamos em constante
comunicação com os órgãos e autoridades federais e estaduais, inclusive
no âmbito de recente Acordo de Cooperação sobre Segurança de Barragens,
que está permitindo troca facilitada e mais rápida de dados sobre a
situação no local do evento".
O relatório de 2017 aponta 45 barragens com risco de rompimento.
Segundo o documento, o Brasil tem cerca de 23 mil barragens
identificadas para diversas finalidades, como geração de energia,
acúmulo de água ou rejeito de minérios, caso da que se rompeu hoje.
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