O presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou nesta quarta-feira (23)
os Estados Unidos de dirigirem uma operação para impor um golpe de
estado, horas depois de o presidente da Assembleia Nacional, Juan
Guaidó, ter se declarado presidente interino do país.
Os EUA foram o primeiro país a reconhecer Guaidó como presidente interino -- o Brasil também o fez. Na terça-feira, Maduro já havia ameaçado rever a relação com os americanos após a divulgação de um vídeo do vice-presidente Mike Pence dirigido ao povo venezuelano.
Maduro se pronunciou na sacada do Palácio Miraflores, onde anunciou o
rompimento de relações diplomáticas e políticas com os Estados Unidos, e
disse que os diplomatas norte-americanos têm 72 horas para deixar a
Venezuela.
"Temos denunciado o governo imperialista dos EUA, que dirige uma
operação para impor um golpe de estado na Venezuela. Pretende eleger e
designar o presidente da Venezuela por vias não constitucionais",
acusou.
"Somos maioria, somos alegria, somos o povo de Hugo Chávez", bradou.
Maduro afirmou também que os órgãos de Justiça venezuelanos devem se apegar às leis contra Guaidó.
Além disso, apelou às Forças Armadas por lealdade e disciplina: "Leais sempre, traidores nunca".

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