quarta-feira, janeiro 23, 2019

Maduro reage a declaração de Guaidó como presidente e rompe relações com os EUA.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou nesta quarta-feira (23) os Estados Unidos de dirigirem uma operação para impor um golpe de estado, horas depois de o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, ter se declarado presidente interino do país.

Os EUA foram o primeiro país a reconhecer Guaidó como presidente interino -- o Brasil também o fez. Na terça-feira, Maduro já havia ameaçado rever a relação com os americanos após a divulgação de um vídeo do vice-presidente Mike Pence dirigido ao povo venezuelano.

Maduro se pronunciou na sacada do Palácio Miraflores, onde anunciou o rompimento de relações diplomáticas e políticas com os Estados Unidos, e disse que os diplomatas norte-americanos têm 72 horas para deixar a Venezuela. 

"Temos denunciado o governo imperialista dos EUA, que dirige uma operação para impor um golpe de estado na Venezuela. Pretende eleger e designar o presidente da Venezuela por vias não constitucionais", acusou.  

"Somos maioria, somos alegria, somos o povo de Hugo Chávez", bradou. 

Maduro afirmou também que os órgãos de Justiça venezuelanos devem se apegar às leis contra Guaidó.  

Além disso, apelou às Forças Armadas por lealdade e disciplina: "Leais sempre, traidores nunca".

Nenhum comentário:

Postar um comentário