Passados quase dois meses após o fim do prazo estabelecido pelo Tribunal
de Contas do Estado (TCE) para a Assembleia Legislativa do Rio Grande
do Norte (ALRN) demitir mais de mil servidores comissionados, a medida
não foi atendida. A determinação dos conselheiros de contas aconteceu
para que Poder Legislativo se adequasse à regra de proporcionalidade,
que prevê que um órgão público não deve ter mais servidores
comissionados que efetivos.
Essa
proporção era de três servidores comissionados para cada efetivo na
Assembleia. Em julho, quando houve a determinação do TCE, a AL tinha
1.667 cargos em comissão e 544 servidores estatutários. O TCE determinou
que esse número fosse igualado. Ou seja, ou a Assembleia teria que
contratar mais servidores efetivos, ou demitir 1.124 comissionados.
Segundo dados colhidos pelo G1 no
Portal da Transparência, no mês de dezembro de 2018, a Assembleia pagou
salários a 1.613 comissionados nomeados na Casa, apenas 54 a menos do
que em julho do mesmo ano, mês da determinação do TCE.
O
prazo estabelecido foi de 120 dias, ou seja, quatro meses, com multa
diária de R$ 2 mil para o presidente da ALRN em caso de descumprimento.
Como a ALRN foi notificada oficialmente no dia 31 julho, o prazo acabou
no início de dezembro. O fim do prazo completa dois meses justamente no
dia da posse da nova legislatura, no próximo dia 1º de fevereiro.
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