O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro MPRJ), por meio do
Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP), requereu na
última terça-feira (22), junto ao Judiciário, medida cautelar
objetivando o afastamento de suas funções dos policiais militares
envolvidos na operação que resultou na morte do jovem Lucas de Azevedo
Albino, de 18 anos, no dia 30 de dezembro do ano passado.
A operação foi realizada em Costa Barros, na zona norte da cidade, e
de acordo com o inquérito policial instaurado para apurar a morte de
Lucas, a operação ocorreu em um posto de gasolina situado na esquina da
Avenida Pastor Martin Luther King Jr. com a Estrada de Botafogo. Durante
a ação, quatro policiais militares lotados no 41º Batalhão de Polícia
Militar atiraram em Lucas, causando nele lesões corporais que provocaram
a sua morte.
O MPRJ, no requerimento, solicita que os PMs envolvidos na operação,
além de serem suspensos do exercício de suas funções, sejam também
proibidos de ter contato com testemunhas do caso, além de terem suspensa
a autorização para portar arma de fogo enquanto durarem as
investigações. Outra medida solicitada “é a produção antecipada de prova
para a tomada de depoimento da mãe do rapaz, já que a mesma encontra-se
em fase de tratamento de doença grave”.
O laudo cadavérico apontou que Lucas foi atingido com dois disparos
de arma de fogo, um no ombro esquerdo e outro na cabeça. De acordo com o
depoimento da mãe do rapaz na Delegacia de Homicídios (DH), que apura o
caso, “os acusados colocaram a vítima na viatura policial sem nenhum
ferimento na cabeça, o que corrobora a versão de execução a caminho do
hospital”.
Para confirmar o fato, ela forneceu à autoridade policial fotografia
do momento em que seu filho foi colocado no veículo da Polícia Militar
ainda vivo.
Além dos pedidos de suspensão preventiva dos policiais, fundamentada
no artigo 319, incisos III e VI, do Código de Processo Penal, o MPRJ
requereu ainda a devolução dos autos do inquérito à Delegacia de
Homicídios, pelo prazo de 30 dias, “para a elaboração de relatório sobre
os fatos que vierem a ser apurados pela unidade e requisitou laudo
pericial de reprodução simulada dos fatos”.
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