A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (25) a Operação Hidra de Lerna
para desarticular facção criminosa que comandava um esquema de tráfico
de drogas e armas, assaltos a estabelecimentos comerciais e outros
crimes no estado do Amapá a partir de comando de dentro dos presídios.
Cerca de 100 policiais, entre federais, militares e agentes
penitenciários cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 11 mandados de
busca e apreensão.
A operação conta com apoio da Secretaria de Estado da Justiça e
Segurança Pública no Amapá, da Polícia Militar, por meio do Batalhão de
Operações Especiais (Bope), e do Instituto de Administração
Penitenciária do Amapá (Iapen) por meio do Grupo Tático Prisional.
A ação é um desdobramento da Operação Distúrbio, conduzida pela
Polícia Federal em setembro de 2018, que identificou estreitas ligações
dos investigados com líderes da facção em outros estados. Durante as
investigações, foi identificado que após a transferência de um ex-líder
para o presídio federal, a mudança no controle da facção no estado para
outros dois detentos.
Desde então a Justiça Estadual do Amapá determinou a transferência
desses dois detentos do Instituto de Administração Penitenciária do
Amapá para um presídio federal. Alguns mandados estão sendo cumpridos no
instituto de onde as lideranças regionais planejavam e controlavam a
execução dos crimes.
Os investigados serão denunciados por crimes de tráfico de drogas e
integrar organização criminosa. Se condenados, as penas somadas podem
chegar a 23 anos de reclusão.
O nome dado a esta operação é uma analogia ao termo Hidra de Lerna,
que na mitologia grega, era um monstro que habitava um pântano junto ao
lago de Lerna. A Hidra tinha corpo de dragão e várias cabeças de
serpente. Segundo a lenda, as cabeças da Hidra podiam se regenerar. Há
versões de que no lugar brotavam duas cabeças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário