O dólar quebrou uma sequência de seis altas seguidas e fechou com a
maior baixa em 13 sessões, recuando 1,13% nesta quarta-feira, 23, para
R$ 3,7624. A queda da moeda americana em vários países emergentes, como
Turquia, México e África do Sul, ajudou a retirar pressão no câmbio
aqui, mas o dólar bateu mínimas na parte da tarde com declarações do
ministro da Economia, Paulo Guedes. O economista disse em entrevista que
vai zerar o déficit primário este ano, por meio de privatizações, que
podem render ao menos US$ 20 bilhões ao País, além de outros US$ 10
bilhões que viriam do corte de subsídios. Além disso, reforçou que a
reforma da Previdência é a prioridade número um do novo governo.
Mais cedo, também em Davos, Jair Bolsonaro, garantiu a investidores
que a reforma da Previdência vai ao Congresso já na primeira semana de
trabalho dos parlamentares, que voltam do recesso em 1º de fevereiro. As
declarações levaram investidores a desmontar posições mais defensivas
em dólar, ressaltam operadores, que destacam ainda um movimento de venda
da moeda por exportadores, assim que o dólar bateu na máxima do dia, a
R$ 3,81.
Com isso, o cancelamento de uma entrevista coletiva que Bolsonaro e seus
ministros dariam à tarde em Davos acabou não afetando os preços. Ao
contrário, o risco-país teve retração, também ajudando a retirar pressão
do câmbio. O Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil caiu a 172
pontos-base, ante 176 do fechamento de terça, segundo a IHS Markit.
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