O
número de trabalhadores flagrados em condições análogas às de escravo no país
chegou a 1.723 em 2018. É o que mostram dados da Secretaria de Inspeção do
Trabalho (SIT), ligada ao Ministério da Economia. Em 2017, a SIT registrou 645
trabalhadores encontrados nessa situação. No Rio Grande do Norte, o resgate de
25 trabalhadores em novembro de 2018 revelou condições degradantes no
extrativismo da carnaúba e nas cerâmicas do Vale do Assú.
No
Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, 28 de janeiro, os dados da SIT
revelam que é no meio rural que a submissão do trabalhador a mero objeto na
seara produtiva é mais frequente. Segundo o levantamento, foram flagrados 523
trabalhadores em condições análogas às de escravo em área urbana, enquanto que
no meio rural foram registrados 1.200 casos.
A
coordenadora regional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete), procuradora
do Ministério Público do Trabalho Lys Sobral Cardoso, afirmou que os casos de
trabalho escravo urbano têm como um dos fatores o êxodo rural, que continua
acontecendo no país. “Os trabalhadores continuam saindo do meio rural para o
meio urbano. Por falta de oportunidades, eles se sujeitam a qualquer oferta de
trabalho que surge, o que aumenta sua vulnerabilidade”, explica a procuradora.
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