Pesquisa feita pelas concessionárias dos sistemas
Anhanguera-Bandeirantes e Castello-Raposo, estradas que ligam a capital
paulista ao interior do estado, mostrou que 65% dos caminhoneiros
atendidos em 2018 por um programa de saúde apresentaram algum tipo de
alteração na acuidade visual. São pelo menos 3.062 dos 4.268 motoristas
atendidos no período.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de
2016, mostram que mais de 35 milhões de brasileiros são afetados por
algum problema de visão, o que equivale a 19% da população. Isso mostra
que o percentual de caminhoneiros com algum tipo de problema de visão
está acima da média nacional.
O coordenador médio da CCR ViaOeste, concessionária da
Castello-Raposo, Marcelo Okamura, disse que o fato é preocupante, pois a
maior parte dos motoristas não está ciente da condição. “O teste avalia
se o motorista enxerga de perto, de longe, a reação para o caso de
ofuscamento noturno, a amplitude do campo de visão e a capacidade de
diferenciar as cores.”
O uso prolongado e a curtas distâncias de aparelhos eletrônicos é um
dos fatores que ajuda a aumentar os problemas visuais, e o tabagismo
também, segundo Okamura.. “Doenças cardiovasculares, pulmonares, o
câncer, o uso do cigarro podem acarretar a perda da visão central e
acelerar o desenvolvimento de catarata”, afirmou.
A recomendação é que os motoristas fiquem atentos a sintomas como
coceira excessiva nos olhos, lacrimejamento constante, vermelhidão ou
dor de cabeça que perdure por dias.
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