O
ex-ministro da Justiça Sérgio Moro evitou falar sobre uma possível
candidatura sua à Presidência em 2022 e fez críticas ao Partido dos
Trabalhadores (PT), durante entrevista à GloboNews, na noite deste
domingo (5).
Após não citar nenhum nome do PT entre os prováveis bons candidatos
para a próxima eleição, Moro fez uma "crítica construtiva" ao partido.
"É muito difícil avançar se não olhar para trás e corrigir seus
erros. O presidente também tem esse lado que erra ao negar a pandemia.
Não que não tenha feito coisas positivas. O PT tem esse lado que acha
que não aconteceu o mensalão, que não houve crimes na Petrobras, que a
culpa disso é minha... Uma forma de recuperar a confiança é reconhecer o
que fez de errado no passado", declarou.
"Entrei no governo e, quando percebei que não tinha condições de
cumprir a agenda que defendo, não ia ficar lá de enfeite. Tenho que ser
fiel aos meus princípios. Pode ter coisas que até me arrependo. Se o PT
quiser ser competitivo, tem que reconhecer os erros do passado",
completou.
O assunto surgiu quando o ex-ministro foi questionado se pretendia se
candidatar em 2022. Inicialmente, Moro disse que o foco tem que ser
2020, com todos os problemas causados pela pandemia, e deixou em aberto
sua possível candidatura.
"O que eu posso assegurar é que eu quero continuar participando do
debate público. Para tanto, eu não preciso ter um cargo, eu posso
continuar falando", disse.
Ele também citou alguns nomes que acredita serem fortes para
concorrer em 2022. "Tem bons nomes para candidatos. Tem o Luciano Huck, o
governador de São Paulo, João Doria, o ex-ministro Luiz Henrique
Mandetta, que, inclusive, fez um trabalho fenomenal, foi um personagem
que cresceu na crise. Não faltam candidatos, o país tem bons nomes".
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