quarta-feira, março 12, 2014

Estudante é assassinado dentro de escola em Aracaju.

O estudante Dielson Feitosa Lima, 18, foi assassinado na noite de ontem terça (11) no pátio da Escola Municipal Letícia Soares de Santana, localizada no bairro Santos Dumont, zona norte da capital sergipana.  Ele foi atingido por quatro tiros, disparados por um jovem que estava acompanhado de outras duas pessoas. Este é o segundo assassinato dentro de uma unidade escolar da rede municipal de Aracaju, nos últimos seis meses.

Segundo levantamento da polícia, o caso ocorreu por volta das 19h30, quando três suspeitos entraram na escola pela porta da frente e se dirigiram até Dielson, que estava acompanhado de um colega e de outros estudantes no pátio. Os dois chegaram a conversar e, em seguida, o homem atirou contra o estudante. O grupo deixou a escola, segundo testemunhas, em um veículo que estava estacionado nas proximidades. "Chegaram a me informar que o rapaz ainda disse: 'tudo bem Dielson?'", comentou João de Barros Lima, pai do estudante morto.

No velório, realizado nesta quarta-feira (12), os familiares e amigos lamentavam a morte de Dielson Feitosa e tentavam encontrar justificativa para o assassinato. Era o segundo dia de aula do jovem na escola, onde cursava o ensino fundamental. "Meu filho foi para escola e chega lá, é assassinado", lamentou o pai. Uma corrente de prata foi levada. Ele negou que o filho tivesse algum envolvimento com a criminalidade e que não teria sofrido qualquer tipo de ameaça. "Se ele tivesse [sofrido ameaça], ele diria aqui em casa. Não era menino de aprontar", disse Barros Lima.

O pai reclamou da falta de segurança na escola, já que os suspeitos não seriam alunos da instituição. "Não tem segurança. Está tudo errado naquela escola. Eu soube que colocaram segurança hoje pela manhã. Porque não colocou antes? Se não estuda, não deve entrar", protestou.  Ele ainda cobrou eficiência dos órgãos de segurança pública no Estado. "Se fosse um filho de grande (autoridade política), Ave Maria! Já tinha até helicóptero da polícia, mas é filho de pobre e aí se joga para escanteio", afirmou.

Em razão do assassinato, a escola suspendeu aulas por três dias.

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