Cigarro eletrônico no combate ao tabagismo
É sem dúvida uma grande mania entre os
franceses: deixar de fumar o cigarro convencional pelas tragadas em um
‘cigarette électronique’, ainda que seja somente em um momento ou outro
do dia. Mas, segundo o Observatório Francês das Drogas e da
Toxicodependência (OFDT), este fenômeno pode estar contribuindo também
para a diminuição do consumo do tabaco, se mostrando até mais eficaz que
os tratamentos convencionais.
Atualmente, aproximadamente 13 milhões
de franceses fumam regularmente (mais de 20% da população). Mesmo com as
diversas campanhas do governo e de instituições contra o tabagismo,
além do reajuste recorrente dos preços e aumento dos impostos, o número
de fumantes não apresentava queda.
Mas a situação parece começar a mudar.
Um estudo apresentado pelo OFTD constatou que houve uma queda
significativa na venda dos cigarros convencionais, que em 2013 chegou a
recuar 6,2% em relação a 2012 (7,6% se consideradas somente as
principais marcas de cigarro). Outra informação importante do
observatório é que houve uma diminuição também no número de pessoas que
buscam clínicas para parar de fumar: a média do ano passado foi de 13,2
novos pacientes por mês, contra 15,2 em 2012.
Desde que começou a ser vendido na
França, o cigarro eletrônico trouxe consigo um grande debate,
principalmente sobre os riscos que ele poderia representar à saúde, por
conter, além da nicotina, outras substâncias como conservantes,
essências, etc. Médicos e demais pesquisadores começaram a estudar quais
os efeitos o produto gerava e em qual proporção ele seria melhor ou
pior que o cigarro convencional.
Alguns especialistas afirmam que o
cigarro eletrônico não representa uma solução ao tabagismo, mas sim uma
maneira de fingir que está parando de fumar, quando na verdade continua a
ingerir a nicotina. Mas há quem acredite no contrário. Segundo Albert
Hirsch, pulmonologista e diretor da Liga Nacional contra o Câncer, “pela
primeira vez, com o cigarro eletrônico, temos uma ferramenta que leva a
uma redução da exposição aos efeitos nocivos dos cigarros tradicionais
e, portanto, a redução do risco”, afirmou.
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