Em meio a questionamentos em relação à
qualidade do seu ensino, a Educação a Distância (Ead) vem ganhando cada
vez mais espaço no cenário da educação superior brasileira.
Mudanças
determinadas pelo Ministério da Educação (MEC) nos últimos anos e
movimentações no mercado levam especialistas a crer em uma grande
expansão da modalidade no Brasil para este ano.
O
calendário também incluía datas limites de conclusão dos processos:
variando de junho de 2014 até março de 2015. Para o diretor da
Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), Luciano Sathler, a
medida é o principal indício de um aumento da oferta da modalidade
ainda no primeiro semestre de 2014. “A expansão é importante, pois temos
uma demanda reprimida no Brasil, pessoas que precisam do ensino
superior mas não puderam cursá-lo na idade correta e hoje precisam
conciliar com o trabalho".
Sathler
acredita que, na medida em que o número de pessoas formadas aumentar e
os novos profissionais demonstrarem competência no mercado de trabalho,
mais força a modalidade ganhará - atualmente, segundo ele, há mais de 1
milhão de alunos matriculados na graduação de Ead no País.
O
pedagogo e escritor Hamilton Werneck se diz otimista com o futuro da
modalidade. “O próprio Ministério da Educação se mostra interessado na
expansão do Ead com as novas medidas, não está mais partindo apenas das
próprias instituições. Existe a meta de se chegar a 2020 com 33% da
população matriculada no nível superior, e o Ead desempenhará um grande
papel na realização dessa meta, ajudando tanto na questão das
distâncias, quanto na questão financeira dos alunos.” Werneck aponta
como principal diferencial da modalidade o fato de geralmente o aluno
trabalhar ao mesmo tempo em que estuda, adquirindo também a prática,
além da teoria.
Com
a expansão do Ead, cursos e áreas mais complexas também podem passar a
ser ofertadas na modalidade, como as engenharias, por exemplo.
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