O Ministério da Saúde recomenda que
bebês com microcefalia sejam alimentados com leite materno até os dois
anos ou mais. “Embora boatos tenham surgido, não há nada que indique que
o aleitamento seja prejudicial. Não há nenhum motivo para mudar a
conduta de recomendação do aleitamento materno”, disse o secretário de
Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.
A recomendação integra um protocolo
feito pelo ministério para orientar profissionais de saúde sobre ações
de prevenção de infecção de zika durante o pré-natal, parto e nascimento
e assistência dos bebês com microcefalia. Entre as ações que serão
adotadas, está o aumento de testes rápidos de gravidez. O plano é
ampliar para 10 milhões o número de exames.
“Quanto antes a mulher souber da sua
condição, melhor. O fundamental é que gestantes tomem todos os cuidados
necessários para reduzir o risco de contaminação”, disse o secretário.
Atualmente, 50% das grávidas iniciam o pré-natal depois da 12ª semana.
“Queremos mudar essa realidade e iniciar o acompanhamento o mais rápido
possível”, completou.
Beltrame afirmou que o plano pretende
reforçar as visitas domiciliares feitas pelos agentes comunitários e
agentes de endemias. O objetivo é facilitar a oferta de contraceptivos e
orientação de mulheres em idade fértil que queiram engravidar.
Nas visitas, agentes vão orientar
gestantes para que elas sigam o calendário de vacinação e compareçam a
todas as consultas agendadas. Nas cadernetas das mulheres, serão
registrados eventuais sintomas de zika. “Se sintomas estiverem
presentes, com base no diagnóstico clínico o caso será notificado”,
disse o secretário.
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