O recuo da taxa de desocupação é maior entre trabalhadores com ensino
fundamental e médio, jovens e mulheres, concluiu o Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na seção Mercado de Trabalho da Carta
de Conjuntura, publicada hoje (3).
Segundo o Ipea, apesar do
aumento registrado no início do ano, devido à sazonalidade do período, a
taxa de desocupação vem caindo na comparação interanual "de forma
consistente e atinge todos os segmentos da população", sendo mais
intenso nesse grupo de trabalhadores.
“Embora ainda se encontre
em níveis muito abaixo dos observados no período pré-crise, o
contingente de trabalhadores ocupados vem crescendo, na comparação
interanual, desde o trimestre encerrado em julho de 2017, de tal modo
que, em fevereiro de 2018, a taxa de expansão interanual apontada foi de
2%”, diz o Ipea.
Entre os trabalhadores com ensino médio
incompleto, a taxa de desocupação caiu de 24,2% para 20,4% entre
primeiro e o último trimestre de 2017. Na mesma base de comparação, o
desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos recuou de 28,8% para 25,3%.
No caso das mulheres, a desocupação passou de 15,8% para 13,2%. A mesma
taxa para os homens recuou menos, ao passar de 12,2% para 10,5%.
Rendimentos
Os
maiores aumentos salariais foram auferidos pelos homens (2,6%), pelos
trabalhadores com ensino médio incompleto (5%) e pelos moradores das
regiões Norte (5,4%) e Nordeste (4,3%), na comparação entre o primeiro e
o quarto trimestre de 2017.
O estudo do Ipea foi feito com base
em em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad-C), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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