A próstata é uma glândula presente no organismo masculino, do tamanho de uma noz, responsável pela produção do líquido seminal. Por volta dos 45 anos, ela tende a aumentar naturalmente de tamanho, no que chamamos de Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB). Essa condição atinge cerca de 14 milhões de brasileiros
de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia e pode causar
obstrução parcial ou totalmente da uretra, sendo, por isso, considerada
uma doença.
O aumento da glândula não tem relação
alguma com o câncer de próstata e a diferença entre a HPB e o câncer é
justamente a benignidade do crescimento da glândula, enquanto que o
tumor pode se espalhar para outros órgãos (metástase) e levar o paciente
ao óbito. “Há outras diferenças também. Na HPB, dentre os principais
sintomas estão a dificuldade e a necessidade frequente e urgente de
urinar, o aumento da micção noturna, a constante sensação de não
esvaziamento completo da bexiga, entre outros. Já no caso dos tumores
malignos de próstata, a grande maioria cresce de forma tão lenta que nem
chega a dar sinais durante a vida”.
A HPB, portanto, não é um tipo de câncer e não apresenta relação com o
câncer de próstata, nem aumenta as chances de desenvolvimento do mesmo.
“Porém, um homem pode desenvolver HPB e câncer de próstata ao mesmo
tempo. Daí a importância de consultar um médico urologista para o
diagnóstico e terapia adequada”, alerta o médico.
Existe também diferença nos
tratamentos das duas doenças. Alguns tipos de câncer de próstata crescem
lentamente e demandam monitoramento. Outros tipos são agressivos e
necessitam de radioterapia, cirurgia, terapia hormonal, quimioterapia ou
outras opções terapêuticas. Já a HPB pode ser tratada por meio de um
método minimamente invasivo: a chamada Embolização das Artérias
Prostáticas (EAP), realizada por via endovascular para reduzir o fluxo
de sangue da glândula. O procedimento é feito com anestesia local e o
paciente recebe alta algumas horas após a intervenção.
“O objetivo é
diminuir o volume e alterar a consistência da próstata, tornando-a mais
macia e os resultados são muito satisfatórios: “Já tratamos mais de 400
pacientes e a taxa de sucesso ficou entre 90 a 95%”, conclui o médico.
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