O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse hoje (7) que a criação de
uma moeda única para a América do Sul seria um avanço para os países da
região, assim como foi para a União Europeia a criação do euro. “Óbvio
que se houver possibilidade, se é factível isso, é um baita de um
avanço. A União Europeia tem sua moeda única, que é o Euro. Se nós
chegarmos aqui, na América do Sul, a um passo desse, acho que seria bom
para todo mundo”, afirmou.
A possibilidade de uma moeda única para
os países do Mercosul, começando por Brasil e Argentina, foi abordado
durante a visita do presidente Jair Bolsonaro à Argentina. A proposta
foi apresentada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que integrou a
comitiva presidencial ao país vizinho, Hoje, em evento no Rio de
Janeiro, Bolsonaro, defendeu a medida dizendo que “de um modo geral, o
país [Brasil] tem muito mais a ganhar do que perder”.
O presidente
da Câmara, Rodrigo Maia, questionou se a proposta levaria à
desvalorização da moeda brasileira. “Será? Vai desvalorizar o real? O
dólar valendo R$ 6,00? Inflação voltando? Espero que não”, afirmou, em
publicação no Twitter. A Argentina vive um agravamento da sua crise
econômica, com aumento de inflação e desvalorização de sua moeda.
Ao
deixar o gabinete da Vice-Presidência, no Palácio do Planalto, em
Brasília, Mourão minimizou as críticas, disse que a proposta ainda é
embrionária e que é preciso conhecer seus fundamentos.
De acordo
com o Banco Central, não há projetos ou estudos em andamento para uma
união monetária com a Argentina, mas “diálogos sobre estabilidade
macroeconômica, bem como debates acerca de redução de riscos e
vulnerabilidades e fortalecimento institucional”.
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