Negar ajuda a um parente ou amigo que passa por dificuldades
financeiras é uma situação que pode gerar constrangimentos. E no caso de
atraso no pagamento da dívida, quem pede o nome emprestado também pode
causar transtornos nas finanças de quem empresta, atrapalhando inclusive
a relação de amizade entre as duas partes. Um levantamento feito em
todas as capitais do país pela Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)
mostra que 36% dos consumidores brasileiros fizeram compras utilizando o
nome de terceiros nos 12 meses anteriores a pesquisa, sendo que o
hábito de pedir o nome emprestado é ainda maior entre as pessoas de mais
baixa renda (38%) e entre os jovens (46%).
De acordo com o estudo, a prática é utilizada, principalmente, por
quem está com dificuldades de acesso ao crédito ou enfrenta imprevistos e
não conta com uma reserva de emergência. Em cada dez pessoas que
pediram o nome emprestado para realizar compras parceladas, três (30%)
se encontravam com o limite estourado no cheque especial ou cartão de
crédito. Outros 22% não tinham determinadas modalidades de crédito à
disposição para uso, 18% estavam com o ‘nome sujo’ e 16% tiveram crédito
negado.
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