Representantes de entidades de defesa dos direitos das pessoas com
HIV se reuniram ontem (8) na Comissão de Seguridade Social e Família, da
Câmara dos Deputados, para discutir políticas públicas voltadas a essa
população.
Entre as avaliações feitas estão as mudanças promovidas pelo decreto nº 9.795/2019
no Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis, o antes Departamento de Infecções
Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. Os representantes
das organizações pediram mais espaço em editais para a condução das
ações geridas pelo departamento.
Outra avaliação dos presentes foi a necessidade de revisão das ações
educativas sobre HIV e Aids. Alexandre Boer, da organização não
governamental (ONG) Somos - Comunicação, Saúde e Sexualidade, diz que a
prevenção não pode ficar circunscrita à distribuição de preservativos
e deve envolver a disseminação de orientação, inclusive em escolas.
Boer argumenta que a divulgação desse tipo de informação tem
diminuído e que houve redução do alcance dos trabalhos das ONGs porque o
governo federal critica esse tipo de instituição. Ele acrescenta que,
antes, as ONGs conseguiam realizar uma abordagem "entre pares", ou seja,
que pessoas LBGTI+ tinham condições e recursos para poder conversar
sobre doenças sexualmente transmissíveis com esse público, o que, para
ele, é o ideal a se fazer. "Não é deixar a camisinha lá e achar que isso
é a disponibilização. Isso é prevenção, disponibilizar o uso de
camisinha?", destaca Boer.
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