Em meio ao retorno do presidente do Equador, Lenín Moreno, à capital e
uma espessa nuvem de gás lacrimogêneo que inundou as ruas estreitas que
circundam o centro histórico, dezenas de milhares de indígenas,
trabalhadores e estudantes aprofundaram seus protestos hoje (9) e
prosseguiram até as proximidades do palácio presidencial militarizado.
O objetivo era chegar ao Palácio Carondelet, mas o prédio estava
completamente cercado e guardado pelas forças de segurança. No entanto, e
apesar dos esforços da polícia para conter o progresso, um grande
número de manifestantes foi instalado a apenas quatro quarteirões ao
norte, na Praça do Teatro.
A marcha dos indígenas, entretanto, culminou na Praça de Santo Domingo, também a quatro quarteirões de distância, mas ao sul.
A partir de segunda-feira, os manifestantes começaram a chegar aos
milhares em Quito, após um apelo da Confederação das Nacionalidades
Indígenas do Equador (Conaie) para lutar contra a suspensão dos
subsídios aos combustíveis, medida enquadrada em um plano de ajuste
vinculado a um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Paralelamente, os principais sindicatos do país pediram uma greve nacional e aderiram aos protestos.
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