Marina Silva ao deixar a sessão do TSE
Após a derrota no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), a ex-ministra Marina Silva reuniu-se durante a
madrugada por seis horas com militantes envolvidos no processo de
criação da Rede Sustentabilidade para discutir uma possível filiação a
outra legenda ou o abandono do projeto de candidatura presidencial em
2014. Na saída, exatamente às 5 horas da manhã, Marina afirmou que não
terá uma “crise de incoerência na decisão”.
A reunião aconteceu no apartamento de
uma amiga da ex-ministra na Asa Sul, em Brasília. No discurso a aliados,
Marina falou sobre algumas premissas que pretende levar em conta em sua
decisão. Em um momento de maior ênfase foi possível ouvir do lado de
fora do prédio algumas expressões, confirmadas por alguns dos
participantes. “O que é melhor é uma construção que coloque em primeiro
lugar a coerência”, disse a ministra por volta das 2h30. Ela afirmou
ainda que é preciso uma solução que busque o melhor para o país, não
para aspirações pessoais. Reafirmou ainda o discurso de que a Rede sai
fortalecida do TSE por ter sua lisura reconhecida, ainda que com a
derrota no aspecto legal.
Na saída, questionada sobre a
declaração, a ministra afirmou que tem repetido o princípio como um
“mantra”, demonstrando bom humor. “Isso (Coerência) é o que vocês mais
ouvem eu falar, é quase um mantra, vocês acham que eu ia ter uma crise
de incoerência?”, disse.
Segundo participantes da reunião, foram
discutidos possíveis adesões a PPS, PEN e PHS. Para disputar, Marina
precisa se filiar até sábado. Nova reunião será realizada nesta
sexta-feira e o anúncio deve ocorrer no início da tarde. O grupo
envolvido no projeto da Rede se dividiu. Parte entende que uma
candidatura por outro partido criaria problemas para a imagem de Marina e
a impediria de fazer o debate político que deseja. Outros, porém,
afirmam que não é possível esperar até 2018 para apresentar-se como
alternativa e a aconselharam a buscar a legenda existente que traga
menos desgaste. Alguns observaram que um partido pequeno seria melhor
por permitir que o grupo de Marina tenha o controle da campanha.
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