As grandes seguradoras de saúde do país
vêm deixando de vender planos individuais. E o cidadão comum que procura
o benefício fica cada vez mais sem opção no mercado.
Flávia é dependente da mãe em um plano
de saúde há 16 anos. Quando ficou grávida, não conseguiu fazer um plano
individual na mesma operadora para que o filho também tivesse
assistência.
“Fiquei superpreocupada, fiquei nervosa
porque faltava um mês, eu não esperava isso, minha pressão até subiu
porque eu tentei colocar ele no plano que eu tenho desde 97 e não
consegui”, conta Flávia Tinelli, engenheira.
Ela foi obrigada a recorrer a outra empresa, menor. E está pagando caro para que Davi já possa usar os benefícios.
“Eu resolvi ficar pagando dois planos de saúde para mim para que ele pudesse ter um sem carência”, explica Flávia.
Segundo a Federação Nacional de Saúde
Suplementar, que representa as maiores seguradoras de saúde do país, dos
17 grupos de empresas que vendem planos, apenas quatro ainda fazem
contratos individuais. O principal motivo, elas admitem, é o lucro.
“Nos planos individuais, o reajuste é
definido pelo governo. Se esse reajuste ficar aquém da avaliação das
despesas, aqueles planos vendidos no passado vão se tornando
deficitários. Ninguém deve ser obrigado a carregar uma carteira com
planos deficitários”, explica José Cechin, diretor da FENASAÚDE.
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