quarta-feira, outubro 02, 2013

Planos de saúde recusam contratos individuais com pessoas físicas.

As grandes seguradoras de saúde do país vêm deixando de vender planos individuais. E o cidadão comum que procura o benefício fica cada vez mais sem opção no mercado.

Flávia é dependente da mãe em um plano de saúde há 16 anos. Quando ficou grávida, não conseguiu fazer um plano individual na mesma operadora para que o filho também tivesse assistência.

“Fiquei superpreocupada, fiquei nervosa porque faltava um mês, eu não esperava isso, minha pressão até subiu porque eu tentei colocar ele no plano que eu tenho desde 97 e não consegui”, conta Flávia Tinelli, engenheira.

Ela foi obrigada a recorrer a outra empresa, menor. E está pagando caro para que Davi já possa usar os benefícios.

“Eu resolvi ficar pagando dois planos de saúde para mim para que ele pudesse ter um sem carência”, explica Flávia.

Segundo a Federação Nacional de Saúde Suplementar, que representa as maiores seguradoras de saúde do país, dos 17 grupos de empresas que vendem planos, apenas quatro ainda fazem contratos individuais. O principal motivo, elas admitem, é o lucro.

“Nos planos individuais, o reajuste é definido pelo governo. Se esse reajuste ficar aquém da avaliação das despesas, aqueles planos vendidos no passado vão se tornando deficitários. Ninguém deve ser obrigado a carregar uma carteira com planos deficitários”, explica José Cechin, diretor da FENASAÚDE.

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