Em 15 dias completados ontem (3), a
greve dos bancários já trouxe muitas complicações para
clientes-consumidores. Contas atrasadas, cartões bloqueados, filas
intensas e falta de segurança nas agências são alguns dos problemas
enfrentados pela população. O prejuízo unido à falta de orientação tem
promovido muitas dúvidas aos soteropolitanos. Para esclarecer algumas
dessas questões a Tribuna entrou em contato com o assessor
técnico da superintendência do órgão de Proteção e Defesa do Consumidor
(Procon), Felipe Vieira.
De acordo com o Procon, pagar as contas é
direito e de ver do consumidor. Além disso, a situação de greve não
permite que os clientes atrasem os pagamentos. É necessário entrar em
contato com a empresa credora e solicitar uma nova forma para que o
pagamento seja efetuado. O pedido deve ser documentado (via e-mail ou
número de protocolo de atendimento, por exemplo) para permitir a
reclamação aos órgãos de defesa do consumidor, caso não seja atendido.
Apesar disso, muitos clientes reclamam da falta de assistência e
negociação por parte das empresas credoras.
Em exemplo disso aconteceu com a
jornalista Tatiana Ribeiro. Há quase 20 dias ela foi vítima de um
assalto e ainda não pode recuperar o cartão de débito, responsável pelos
pagamentos das principais contas pessoais. “Roubaram meu cartão antes
da greve. Fui a minha agência Bradesco da Praça da Sé e solicitei uma
segunda via. Nesse tempo os bancos entraram em greve e estou sem o
cartão de saque. Com isso, fiquei com todas as minhas contas atrasadas e
a financeira do veículo continua me cobrando, pois não querem fazer
acordo. Meu nome já está no jurídico da empresa e minhas contas estão
vencendo sem que eu tenha como pagar no caixa”, conta.
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