O Comando Nacional dos Bancários
rejeitou a proposta de reajuste salarial de 7,1% oferecida pela
Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na tarde de ontem sexta-feira. A
entidade afirma que a greve vai continuar.
A paralisação mobiliza 24 mil trabalhadores, de acordo com balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, na quinta-feira, 3. A associação estima que cerca de 715 agências e 12 centros administrativos de bancos participam do movimento.O comércio já teme um forte impacto nas vendas.
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), avaliou que a proposta é muito baixa.
“A proposta da Fenaban foi uma decepção. O lucro dos bancos está em torno de R$ 60 bilhões, de acordo com o relatório do Banco Central. E eles nos oferecem menos de 1% (de reajuste real)”, afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
“Rejeitamos e vamos orientar nossos sindicatos a fortalecer a greve para ver se a Fenaban melhora a proposta”, disse Cordeiro.
Os bancários pedem reajuste salarial de 11,93%, aumento do piso para R$ 2.860 e participação nos lucros e resultado (PLR) de três salários mínimos mais R$ 5.553,15. Além disso, querem o fim das metas individuais e de assédio moral que, segundo a confederação, adoecem os bancários.
Segundo a federação dos bancos, o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos sete anos e os salários foram reajustados em 58%. Isto, de acordo com a Fenaban, significa um aumento real de mais de 23%. (Estadão)
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