Depois de quase quatro meses de luta judicial e uma decisão inédita no país, a criança que nasceu com dois sexos em Rio Branco e foi tratada como menina até os dois anos de idade está com a nova certidão de nascimento em mãos.
A criança tem 3 anos, mas a mãe só descobriu a ambiguidade genital
depois de registrá-lo. Até os dois anos de idade, o pequeno usava roupas
femininas, além de manter cabelos longos.
Apenas em agosto do ano passado, a mãe conseguiu ter acesso ao
resultado do exame cariótipo – que analisa a quantidade e a estrutura
dos cromossomos em uma célula – apontando que a criança é geneticamente
um menino.
A partir daí, a Ordem dos Advogados do Brasil no Acre (OAB-AC) passou a
acompanhar o caso através da Comissão de Diversidade Sexual. Charles
Brasil, presidente da comissão, entrou com um pedido de liminar na Justiça, em fevereiro deste ano, onde pedia a mudança do nome do menino na certidão de nascimento.
Em abril, a Justiça determinou que a mudança no documento fosse feita em cartório
- uma decisão, que, segundo a OAB, é inédita em todo país. E nesta
última segunda-feira (11), a dona de casa recebeu das mãos de Brasil o
novo documento da criança.
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