A organização não governamental (ONG) Cidade Escola Aprendiz abre
hoje (12), Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, a campanha Copa
Sem Trabalho Infantil.
A campanha faz parte do projeto Rede Peteca – Chega de Trabalho Infantil, especializado no combate ao trabalho infantil e na defesa dos direitos humanos, desenvolvido em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT).
A campanha faz parte do projeto Rede Peteca – Chega de Trabalho Infantil, especializado no combate ao trabalho infantil e na defesa dos direitos humanos, desenvolvido em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT).
Em dois bairros paulistanos – Vila Madalena e Vila Olímpia –
profissionais de assistência social fazem uma caminhada na qual
distribuem material informativo sobre o trabalho de crianças e
adolescentes no comércio ambulante durante os jogos. Em parceria com a
prefeitura, os assistentes sociais abordam frequentadores de bares e
restaurantes para explicar o que é trabalho infantil, quais são os
canais de denúncia e como pedir a intervenção da prefeitura caso vejam
crianças e adolescentes vendendo balas e outras mercadorias.
Segundo a Cidade Escola Aprendiz,2,7 milhões de crianças e
adolescentes de 5 a 17 anos trabalham no Brasil. De 2007 até o ano
passado, 40.849 acidentaram-se enquanto trabalhavam. Destes, 236
morreram e 24.654 feriram-se com gravidade, informou a ONG.
“Em época de Copa do Mundo, os bares costumam receber mais clientes
que de costume. Com o aumento do número de frequentadores, o comércio de
ambulantes cresce de forma proporcional. Entre os vendedores, há um
número expressivo de crianças e adolescentes que não pode passar
despercebido da sociedade e das autoridades públicas”, afirmou o
articulador social do projeto Rede Peteca – Chega de Trabalho Infantil,
Felipe Tau.
De acordo com a ONG, a maioria das crianças e adolescentes vítimas de
acidentes de trabalho desempenha tarefas que o Decreto 6.481/2008
considera as piores formas de trabalho infantil, que são proibidas para
menores de 18 anos. Eles trabalham como empregados domésticos, no
comércio, na agricultura, na construção civil e como açougueiros, entre
outras atividades.
Em uma ação paralela à abordagem dos consumidores de bares e
restaurantes, as equipes de assistência social vão orientar parentes e
responsáveis por crianças e adolescentes em situação de trabalho
infantil e encaminhar os casos que forem encontrados aos serviços
especializados de assistência social existentes na cidade. O
encaminhamento será feito conforme o endereço de origem da criança ou
adolescente.
A campanha prevê mais ações até o fim dos jogos da Copa da Rússia, no
dia 14 de julho, com a disseminação de informações sobre o trabalho
infantil e como combatê-lo, distribuição de cartazes para donos e
funcionários de bares, para sensibilizá-los para a questão e instruí-los
sobre o que fazer diante dos casos encontrados.
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