Triunfante ao lado de Kim Jong-un em sua túnica Mao Tsé-Tung, o
presidente Donald Trump anunciou uma nova era para as Coreias e o mundo.
Olhando a quem tratava por fogueteiro, e que o chamava de caquético,
ele também disse que o encontro permitiu o início de uma relação muito
especial entre os dois.
Um acordo de princípio foi assinado, com a meta de tornar a península
coreana totalmente desnuclearizada e garantir a segurança da Coreia do
Norte. Os Estados Unidos deverão acabar com os exercícios militares
provocativos com a Coreia do Sul, agora considerados uma boa economia.
O prisioneiro americano Otto Warmbier, libertado em coma em
Pyongyang, e morto após chegar aos Estados Unidos, foi lembrado: “Ele
não morreu em vão”. A lembrança foi feita para indicar que no encontro
também se falou de direitos humanos. Trump se dizia orgulhoso do que
acabava de conseguir e que nenhum presidente americano jamais havia
conseguido.
A caminho da cúpula de Cingapura, Trump se distanciou de seus aliados
no Grupo dos 7 (formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França,
Itália, Japão e Reino Unido), ofendeu o primeiro-ministro canadense e
pediu a reintegração da Rússia ao grupo que era dos 8, antes da tomada a
Crimeia.
Com a nova amizade com Kim, e com a defesa de Putin, Trump tende a
estabelecer uma nova ordem mundial – para muitos, uma desordem, com o
fim de tratados multilaterais de comércio, do clima e de segurança.
“Hoje tivemos um encontro histórico e decidimos deixar o passado para
trás”, comentou Kim, por meio de um intérprete. “O mundo inteiro verá
uma grande mudança”.
A noite na Ásia prosseguiu embandeirada, com apertos de mãos e
esperanças no ar. O presidente da Coreia do Sul comentou que nem
conseguia dormir. O livro A Arte de Negociar, escrito por Trump, pode
agora virar best-seller. Mas o que ele espera mesmo é levantar o Nobel
da Paz deste ano.
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