O técnico em radiologia Dário Tomaz dos Santos tem 30 anos e, há pelo
menos 15, doa sangue regularmente. Ele conta que aprendeu a importância
do gesto assim que chegou ao mundo, já que sua mãe teve complicações
durante o parto e precisou receber transfusão de sangue ainda na
maternidade.
“A ideia é ajudar quem precisa. Uma coisa tão simples, mas que pode
salvar vidas e realizar o sonho de muita gente. É fazer o bem sem olhar a
quem. É isso”, afirmou o técnico. “E, aproveitando o clima de Copa do
Mundo, acho que marquei um golaço”, brincou, em alusão à doação.
Dados do Ministério da Saúde mostram que, atualmente, 1,6% da
população brasileira doa sangue – o que significa um índice de 16
doadores para cada grupo de mil habitantes. Jovens com idade entre 18 e
29 nos, segundo a pasta, são maioria - respondem por 42% do total de
doações registradas no país. O percentual de doadores (1,6%) está dentro
dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1%
da população, segundo o ministério. Porém, o governo quer aumentar o
número de doadores.
No Dia Mundial do Doador de Sangue, lembrado hoje (14), o ministério
lançou, na Fundação Hemocentro de Brasília, uma campanha para homenagear
doadores e sensibilizar novos voluntários. Nesta época do ano, é comum
uma baixa nos estoques de sangue em razão da proximidade das férias
escolares e das festas de São João, além da chegada do inverno.
Em 2017, 3,3 milhões de pessoas doaram sangue e 2,8 milhões fizeram
transfusão sanguínea no país. Do total de doadores, 60% são homens. O
país conta com um total de 32 hemocentros coordenadores e 2.034 serviços
de hemoterapia. A previsão para 2018 é de investimentos na ordem de R$
1,3 bilhão na rede de sangue e hemoderivados.
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