O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes,
disse nesta segunda-feira torcer pela liberdade do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva “o quanto antes”. No Supremo Tribunal Federal, o
ministro Edson Fachin pediu que seja incluída na pauta da Segunda Turma
do dia 26 de junho um pedido da defesa de Lula para suspender a prisão.
Para Ciro Gomes, a o resultado do julgamento é imprevisível.
“Fundo de urna e cabeça de juiz ninguém tem a menor ideia do que vem.
Então eu torço que o Lula seja o quanto antes posto livre”, declarou
Ciro, após participar de um fórum promovido pela União da Indústria de
Cana-de-Açúcar (Unica), em São Paulo.
Apesar de defender a liberdade de Lula, de quem já foi ministro, Ciro
destacou que tem divergências em relação aos rumos que o ex-presidente
está “impondo” ao PT, em referência à manutenção da pré-candidatura do
petista, preso e condenado na Operação Lava Jato, e à dificuldade de
admitir uma alternativa com outros partidos de esquerda. “Com todas as
discordâncias que eu tenho dele e dos rumos que ele tem imposto ao PT,
eu me sinto muito mal com a ideia de tenha um líder popular da grandeza
do Lula mantido preso”, disse o pedetista, reforçando que para ele a
prisão do ex-presidente é “dolorida”.
Ciro evitou declarar se, caso fosse eleito, daria indulto ao
ex-presidente Lula. “Se eleito, você volta a falar comigo sobre o
assunto”, respondeu.
Ao comentar a tentativa de aproximação do PT com o PSB, partido que
Ciro também busca aliança, Ciro evitou rivalizar com os petistas quando
perguntado se via uma tentativa de Lula de isolá-lo na disputa. “Papel
de um candidato ou partido é procurar aliança, errado esteve aquele
partido ou aquela aliança que no passado empurrou todo mundo para fora.”
Sobre suas conversas com o PSB, Ciro afirmou que “estão indo bem”,
mas que não há nenhuma definição no momento. “O tempo é deles”,
declarou.
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